
SINDSEMPMG apoia iniciativas sociais que atuam no combate à fome
A pandemia agravou a situação de vulnerabilidade de milhares de famílias que hoje contam apenas com ações de solidariedade para se sustentarem
Procurador de Justiça questiona realização de evento em Tiradentes que deverá custar mais de R$1,5 milhão ao MPMG
A crise parece mesmo passar longe do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pelo menos quando se trata de benefícios, ações e atividades voltadas para promotores e procuradores de Justiça. Em novembro, a instituição, em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, realizará congresso entre os seus integrantes para discutir o novo Código de Processo Civil. O evento será realizado, entre 25 e 27 de novembro, em Tiradentes, a 180 km de Belo Horizonte.
Somente em diárias, cada membro do MPMG convocado a participar dos três dias de evento deverá receber R$ 1.200,00. Se o congresso contar com a presença dos mais de 1000 promotores que atuam no estado, será necessário que a instituição arque com R$1.200.000,00 (Um milhão e duzentos mil reais) em diárias, além dos gastos com deslocamentos até o município, logística, cerimonial, infraestrutura e com alimentação e hospedagem dos palestrantes.
A falta de coerência da Administração do MPMG, que, ao mesmo tempo em que utiliza o argumento de crise para cortar gastos, especialmente em relação aos servidores da casa, não poupa recursos financeiros para pagar benefícios e realizar eventos voltados a promotores e procuradores de Justiça, começa a incomodar, inclusive, membros da instituição.
Em reunião do Conselho Superior do Ministério Público, cuja ata foi publicada em 28 de outubro de 2015, o procurador de Justiça Marcos Tofani deixou clara sua preocupação com o fim da greve dos servidores do MPMG e questionou a Administração da casa sobre o pagamento de diárias aos membros convocados para o evento. O procurador ponderou os gastos com o congresso lembrando a crise enfrentada pelo estado e citou, inclusive, o engessamento da carreira dos servidores da instituição.
Servidores em greve: dois pesos, duas medidas
Mesmo ameaçados de demissão e de corte de ponto, a classe de servidores do MPMG encontra-se em greve, por tempo indeterminado, desde 5 de outubro. O atendimento à população está reduzido a um percentual mínimo de 30%, como exige a Lei nº 7783/89, que trata do direito a que todos têm de fazer greve.
A Administração do MPMG tem adotado justamente o discurso de crise para cortar gastos com materiais, procedimentos e pessoal, chegando a suprimir, inclusive, direitos dos servidores da própria casa: contrariando a lei, o procurador-geral de Justiça se negou a encaminhar projeto de lei à ALMG recompondo à categoria as perdas salariais anuais causadas pela inflação. Além disso, suspendeu a movimentação da carreira dos mais de 3.000 servidores do Ministério Público e, até agora, não quitou dívida com os servidores referente à data-base de 2014.
Para 2016, o procurador-geral de Justiça já informou que também não irá considerar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) para a revisão anual dos vencimentos dos servidores. Por outro lado, o subsídio devido aos membros, que, em 2015, já aumentou 14,60%, deverá ser reajustado, no próximo ano, em mais de 16%.
Até o momento, o procurador-geral de Justiça não fez nenhuma proposta ao Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Minas Gerais (SindsempMG) , limitando-se a dizer não a todos os pleitos da categoria.
Transparência Já!
As informações acima foram retiradas da ATA do dia 28-10-2015, publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público de Minas Gerais.
E A GREVE CONTINUA POR TEMPO ILIMITADO!
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do SINDSEMPMG
Publicado em 03/11/2015 às 09:30A pandemia agravou a situação de vulnerabilidade de milhares de famílias que hoje contam apenas com ações de solidariedade para se sustentarem
O SINDSEMPMG esteve presente e participou por meio do coordenador-geral, Eduardo Amorim, que fez parte da mesa do debate