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O Novembro Azul é uma campanha muito importante para o cuidado e a atenção com a saúde do homem. O movimento visa conscientizar sobre a relevância do câncer de próstata, a sua incidência na população masculina e, sobretudo, incentivar a sua prevenção.
Na verdade, esse é um tema ainda cercado por muitos tabus, cujos dados e estatísticas são alarmantes. A incidência da doença é tão alta que, para cada 9 homens, um terá o diagnóstico da doença ao longo da sua vida.
Em 2003, Travis Garone e Luke Slattery, dois amigos da cidade de Melbourne, na Austrália, foram inspirados pelas campanhas de combate ao câncer de mama. Eles decidiram deixar seus bigodes crescerem para chamar a atenção das pessoas sobre a importância do cuidado com a saúde dos homens.
Como 17 de novembro é tido como Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata, eles optaram por manter seus bigodes durante esse mês. No mesmo ano, mais amigos participaram dessa campanha, que teve o impacto positivo desejado, pois as pessoas ficavam curiosas com os bigodes longos.
A ideia deu certo e, logo no ano seguinte, foi criada uma organização sem fins lucrativos para arrecadar fundos para combater o câncer de próstata. Ela foi chamada de Movember Foundation, unindo as palavras moustache (“bigode”) e november (“novembro”).
O movimento cresceu e se espalhou para mais de 20 países, com alguns homens, além do bigode, cultivando toda a barba. Devido a isso, em alguns lugares, a campanha Novembro Azul também era chamada de No-shave November, ou seja, “novembro sem barbear”.
A campanha foi trazida para o Brasil pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida e pela Sociedade Brasileira de Urologia, em 2008. Com referência à cor azul, a escolha não tem nenhuma base específica. Apenas já era utilizada mesmo antes de surgirem os movimentos. Então, foi associada ao mês de novembro.
A sensibilização para a realidade do câncer de próstata pode ser mais eficiente com informação clara e precisa a respeito da doença. Veja, a seguir, os principais aspectos que precisam ser conhecidos.
O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, existe uma estimativa de que sejam diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil.
A doença é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, sendo menor apenas que o número de óbitos provocados pelo câncer de pulmão. As estatísticas podem ser assombrosas: a cada 41 homens, pelo menos 1 morrerá de câncer de próstata.
O câncer de próstata apresenta maior incidência entre homens mais velhos. Assim, seis em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos de idade. Na verdade, é raro que ocorra esse diagnóstico antes dos 40 anos. A média de idade, no momento do diagnóstico, é de 66 anos.
Esse tipo de câncer é uma doença grave, mas a maioria dos casos diagnosticados não vai a óbito. E, quanto mais intensas forem as ações de conscientização e de trabalho permanente para as ações de prevenção e diagnóstico precoce, menores ainda serão os casos letais.
Quando em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma provocar o aparecimento de sintomas. Em situações de maior evolução da doença, podem surgir algumas manifestações que, no entanto, não são exclusivas de evento oncológico.
Isso significa que, na presença desses sinais e sintomas, é preciso investigar com precisão para se descobrir se são devidos ao câncer ou outro distúrbio, por exemplo, a hiperplasia benigna de próstata. Os principais podem ser assim relacionados:
Fatores de risco não constituem a certeza da doença quando presentes, nem garantia de imunidade quando ausentes. São indicativos de maiores chances de ocorrência da doença. Assim, por exemplo, homens com idade acima de 55 anos, com excesso de peso ou obesidade, apresentam maior propensão à doença.
Os principais fatores de risco para o câncer de próstata podem ser assim relacionados:
A melhor forma de prevenção para o câncer de próstata é o diagnóstico precoce. A identificação da doença em seus estágios iniciais permite tratamento e cura. Portanto, não se trata de uma fatalidade para a maioria dos casos, mas da iniciativa de o indivíduo tomar os devidos cuidados.
Esses cuidados são capazes de garantir uma antecipação às manifestações avançadas da doença. E, além disso, são constituídos por medidas simples que podem ser resumidas em um exame de sangue e uma consulta médica.
Por sua vez, evitar o tabagismo, o sobrepeso e a obesidade constituem medidas preventivas. Essas, por sua vez, devem estar associadas à adoção de hábitos saudáveis de vida, como cuidados com a alimentação e prática de atividade física.
O tratamento do câncer de próstata, por sua vez, pode ser feito por meio de diferentes técnicas, que podem ser combinadas ou não. A principal delas é a cirurgia oncológica, quando a doença está restrita à próstata.
A intervenção cirúrgica pode ser adotada juntamente à radioterapia e tratamento hormonal, conforme as características e circunstâncias de cada caso. Na ocorrência de metástase (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), a radioterapia será utilizada junto ao tratamento hormonal, além de outras abordagens paliativas.
A opção pelo melhor tratamento é totalmente personalizada, definida por médico especializado, após definir os riscos, benefícios e melhores resultados. Assim, de acordo com as condições clínicas do paciente e com o estágio da doença, será definida a abordagem mais adequada.
Um dos grandes desafios para prevenção do câncer de próstata é enfrentar os bloqueios culturais que envolvem os exames preventivos. A primeira campanha no Brasil adotou como lema a frase “um toque, um drible”, justamente na tentativa de quebrar os tabus.
Com o movimento Novembro Azul, o Ministério da Saúde, órgãos não governamentais, instituições, profissionais da saúde e toda a sociedade envolvida têm o objetivo de desmistificar a doença. O intuito é mostrar a importância de realizar o acompanhamento médico, a fim de identificar o problema, que é silencioso.
São realizadas diversas ações educativas e de alerta, sempre na tentativa de vencer essas barreiras culturais. A campanha tem o objetivo de mostrar também que o cuidado com a saúde não afeta a masculinidade e o quanto isso é fundamental para preservar a vida do homem, além de uma proteção para aqueles que estão ao seu redor.
Embora o Novembro Azul tenha foco nos homens, o intuito é alcançar toda a sociedade, porque esses tabus dos quais falamos estão fixados ao senso comum. Sendo assim, a conscientização envolve, e requer, a participação de todos, inclusive das empresas.
Fonte: Anderson Rodrigues/ Beecorp
Publicado em 14/11/2022 às 07:30
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