Artigo: Às escuras, Codemge vende ações de participação na Companhia Brasileira de Lítio (CBL)

Artigo: Às escuras, Codemge vende ações de participação na Companhia Brasileira de Lítio (CBL)

Será que se levou em conta que o lítio valorizou quase 500% em apenas um ano? Entenda

*Por Luiz Tito

No último dia 30 de setembro, sexta-feira, foi concluída a transação de venda da participação da Codemge como acionista da Companhia Brasileira de Lítio (CBL). A operação transcorreu em São Paulo, nos escritórios da CBL, depois que ela manifestou sua intenção na aquisição dos 33% detidos pelo Estado de Minas Gerais no capital da empresa, exercendo sua preferência. As tratativas foram pouco divulgadas, mas soube-se que bastou à CBL oferecer valor igual ao de um outro pretendente em adquirir a participação; o valor da operação foi de R$ 208 milhões. O lítio como mineral é a bola da vez, dada a sua destinação para fabricação de baterias; a valorização do lítio em 2021 foi de apenas 496,7%, o que deve ter facilitado muito a decisão da CBL, revelando como essas negociações são rápidas no Estado. Segundo divulgado oficialmente, “a alienação das ações da CBL faz parte das iniciativas do Programa de Gestão de Portfólio da Codemge, que reavalia a carteira de ativos da Companhia, visando à maior eficiência, à economicidade e ao retorno para Minas Gerais”. Isso explica uma operação de R$ 208 milhões? A Assembleia Legislativa conhece esse programa? O Tribunal de Contas conhece? Como, quando e por quem essas iniciativas são tomadas? Foi feita uma avaliação desse ativo? Por quem? Será que se levou em conta que o lítio valorizou quase 500% em apenas um ano? Como e quando a CBL vai pagar os R$ 208 milhões?

Fonte: Coluna do Luiz Tito / Jornal O Tempo

Título reescrito pela Assessoria de Comunicação do SINDSEMPMG

 

Publicado em 10/10/2022 às 14:48

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