Zema enviará projetos de recuperação fiscal à Assembleia nas próximas semanas
Tais medidas são as que mais trazem prejuízos para a categoria. Sindicatos se organizam para travar batalha na ALMG
Especialistas no assunto desmascaram a falácia de rombo e afirmam que o problema é a dívida fabricada pelo governo
Foi realizado no dia de ontem, 25, o Seminário “Reforma da Previdência, a Reforma Administrativa de Minas Gerais e a adesão do Estado à renegociação da dívida com a união” na Assembleia Legislativa (ALMG). O evento foi organizado pela deputada estadual Beatriz Cerqueira e o deputado federal Rogério Correia.
Com o auditório da Casa lotado, os deputados explicaram que é necessária uma força tarefa bem elaborada para poder deter a aprovação da nova Reforma da Previdência (PEC 06/2019). O grande obstáculo é o tempo, por isso é fundamental a criação de medidas de forma rápida e contundentes.
Chamada de “Deforma” da Previdência ou Reforma dos Banqueiros, a PEC foi destrinchada e exposta de forma simples para que todos compreendessem a real extensão do problema.
De forma a expressar seu ponto de vista de que toda a divulgação de rombo/déficit é uma falácia descabida, a coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, palestrou a respeito da dívida pública e como o país tem condições financeiras de sair da crise sem precisar mexer na aposentadoria do brasileiro.
“Nós temos R$ 1,2 trilhão na conta única do Tesouro Nacional e estão impondo esse sacrifício todo aos Estados. O Brasil possui R$ 1 trilhão no Banco Central remunerando a sobra de caixa dos bancos. Detemos de quase U$S 380 bilhões em reserva - que convertendo chega a mais de R$ 1 trilhão. Só em dinheiro na mão o governo federal tem disponível mais de R$ 3,5 trilhões. O que justifica entregar o Sistema Eletrobrás, que inclui Furnas, Cemig, por R$ 12 bi? Esse é um cenário de escassez fabricado que impõe as reformas e privatizações. A população tem que se apoderar dessas informações”, disse Fattorelli.
O arquivo utilizado para explicar todos os pontos na palestra está disponível aqui
Logo após, a palavra foi dada ao técnico do Dieese, Frederico Melo, que complementou, com outras informações, a primeira fase do evento.
Encerramento e luta
Na segunda parte do seminário, o palestrante convidado foi o auditor fiscal da Receita Estadual de Minas, Lindolfo Fernandes de Melo, que trouxe os números exatos dos gastos e como a isenção de impostos de grandes empresas prejudica e muito o crescimento do Estado.
Eduardo Amorim, coordenador-geral do SINDSEMPMG, comentou que: “O Brasil é riquíssimo, o que não falta é dinheiro. O problema com a questão da dívida é que os bancos comandam a economia e esse é um sistema perverso. Nós temos uma PEC que trava educação, saúde e segurança por 20 anos apenas para dar recursos para as instituições bancárias. Com o seminário a gente consegue perceber como a população está sendo manipulada e como, ao longo dos últimos 30 anos, o sistema é comandado pelos bancos. A ‘deforma’ é simplesmente voltada para favorecer esse nicho que quer promover um arrocho às custas do povo, em detrimento dos mais pobres e dos servidores públicos”.
Ao final do evento, as entidades presentes se comprometeram a unir forças para tentar barrar o avanço e a aprovação da PEC 06/2019. Para isso, é imprescindível a participação e ajuda dos servidores.
Fique ligado as convocações e acompanhe os conteúdos publicados nos canais de comunicação do SINDSEMPMG.
O seminário completo pode ser visto na página do deputado federal Rogério Correia: https://bit.ly/2SuuDwO
Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDSEMPMG
Publicado em 26/02/2019 às 16:10Tais medidas são as que mais trazem prejuízos para a categoria. Sindicatos se organizam para travar batalha na ALMG
As propostas de reforma da Previdência que têm sido divulgadas, se forem aprovadas, vão dificultar, e muito, o acesso do trabalhador à aposentadoria