Diretor João Paulo Ribeiro "JP" critica atrasos em acordos e exige prioridade para negociação coletiva e Convenção 151; próxima reunião em julho será decisiva
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB participou ativamente da segunda edição da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), realizada na quinta-feira (12/06), em Brasília, cobrando respostas do governo federal sobre pautas urgentes dos servidores. Representada pelas centrais sindicais CTB, Força Sindical, CSB, CESP, UGT e NCST, a CSPB integra o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e destacou a necessidade de avanços concretos nas negociações.
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Cobranças e críticas
O Diretor de Relações Institucionais da CSPB, João Paulo Ribeiro "JP", foi enfático ao relatar a insatisfação das entidades com o atraso nas respostas do governo a acordos firmados em mesas setoriais e na MNNP. "Manifestamos contrariedade com os atrasos e com a falta de transparência. Não aceitamos ser pautados pela mídia – precisamos ser os primeiros a saber dos encaminhamentos", afirmou JP, referindo-se a vazamentos de informações à imprensa antes de diálogos com as lideranças sindicais.
Entre as prioridades destacadas pelo Diretor de Relações Institucionais da CSPB estão:
- Regulamentação da Convenção 151 da OIT (que garante direito à negociação coletiva no serviço público);
- Aceleração da negociação coletiva para os trabalhadores do setor público;
- Respostas sobre pautas pendentes, como equiparação de benefícios entre os Três Poderes.
O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), representado pelo secretário José Lopez Feijóo, comprometeu-se a apresentar a minuta da Convenção 151 e discutir os temas em uma nova reunião a ser realizada primeira quinzena de julho.
Reforma Administrativa: governo e sindicatos em alerta
O MGI usou parte da reunião para tecer impressões sobre o Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Administrativa da Câmara dos Deputados, classificando algumas das premissas premissas como "fiscalistas, reducionistas e punitivas". O governo reafirmou oposição a propostas que ataquem a estabilidade, precarizem vínculos ou cortem investimentos em serviços públicos – posição alinhada à CSPB.
JP, no entanto, cobrou maior diálogo do Executivo: "Feijóo precisa conversar mais com as entidades e menos com o Partido da Imprensa Golpista [PIG]. O governo deve dar o exemplo na valorização do serviço público", ponderou.
Próximos passos: pressão e mobilização
A CSPB já garantiu participação na audiência do GT da Reforma Administrativa marcada para terça-feira (17), onde pressionará por espaço para entidades estaduais e municipais, hoje com representação "precária", segundo JP. "Teremos uma agenda de muita luta. Vamos cobrar cada deputado para que ouçam os trabalhadores", declarou.
Enquanto o governo defende o Sidec (Sistema de Desenvolvimento na Carreira) como alternativa à reforma, os servidores exigem garantias de que direitos não serão reduzidos. A tensão deve permanecer e será um termômetro para “avaliar nossa unidade e capacidade de reação contra retrocessos”, concluiu JP.
Fonte: Ascom CSPB
Publicado em 13/06/2025 às 14:25