Convocar sem planejamento as pessoas ao trabalho coloca milhares em risco, diz infectologista
Colunista do Portal Uai, o infectologista Carlos Starling tem mais de 30 anos de carreira e é referência nacional e internacional na área
Nova proposta prevê aumento de alíquota dos servidores para 22%
A ameaça da Reforma da Previdência (PEC 287/16) continua à espreita e pode ser votada a qualquer momento retirando direitos de todos os trabalhadores do país sem distinção.
O projeto de mudança na aposentadoria havia sido postergado após inúmeras manifestações e mobilizações encabeçadas por entidades de classe, associações, grupos e sindicatos. Porém, com o fim da corrida eleitoral, é possível que a apreciação da PEC seja retomada.
Mais danos aos servidores
A proposta é onerosa a todos e está cada vez pior para os servidores públicos. De acordo com o jornal O Dia, o funcionalismo público federal não ficou de fora da Reforma da Previdência proposta pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga junto com o economista Paulo Tafner e estudada pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Pelo projeto, a contribuição previdenciária dos servidores poderá chegar a 22%. Atualmente, a alíquota aplicada sobre os salários das categorias é de 11%. Se o texto passar no Congresso, provocará efeito cascata nos estados e municípios.
A proposta diz que a alíquota previdenciária básica dos servidores poderá aumentar se houver necessidade "para a garantia do equilíbrio atuarial". Além disso, autoriza a criação de uma suplementar. Isso desde que a taxa extraordinária somada à básica (de 11%) não ultrapasse 22% sobre a totalidade dos vencimentos dos funcionários ativos, aposentados e pensionistas.
Mobilizações
Para não deixar que esse danoso projeto seja aprovado, a Frente Mineira Popular em Defesa da Previdência Social esteve reunida na tarde de ontem, (5), na sede da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (ANFIP/MG). A reunião teve como objetivo principal organizar a retomada do trabalho de mobilização contra a Reforma da Previdência.
Como devem estar acompanhando pela imprensa, a reforma da Previdência será pauta prioritária do governo eleito, e nós devemos nos preparar para enfrenta-la.
Na reunião de ontem foi deliberado:
1 – Retomar o trabalho de Mobilização, quando será avaliado o cenário atual e aprovadas ações de mobilização popular contra a Reforma.
2 – Uma carta-proposta pela Frente Parlamentar Mista foi aprovada e está sendo enviada a todos os parlamentares.
Estamos juntos nessa luta! Fique atento as convocações.
Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDSEMPMG
Publicado em 06/11/2018 às 12:30
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