Sindicatos projetam protestos contra reforma de Zema em prédios de BH
Em tempos de pandemia, os servidores públicos encontraram meio de fazer protesto contra a reforma da previdência do governador Romeu Zema (Novo) sem promover aglomerações.
A contratação da Fundação João Pinheiro para realização de estudo diagnóstico foi anunciada em agosto pelo Procurador-Geral
O SINDSEMPMG participou, nesta quinta-feira (10/09), da reunião convocada pela administração da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) com a Fundação João Pinheiro para tratar do estudo diagnóstico do plano de carreiras, cargos e vencimentos e do sistema de avaliação de desempenho individual do servidor do MPMG.
Durante o encontro virtual, a Fundação apresentou um panorama geral sobre a instituição e a forma como os estudos serão conduzidos. Segundo os representantes da FJP, o diagnóstico será embasado em entrevistas, levantamento de dados, consulta pública aos servidores. Além disso, também serão consultadas lideranças da Procuradoria e sindicato. O prazo para a entrega dos estudos é de quatro meses a contar da data de contratação.
Preocupado com possíveis mudanças na carreira que poderão ser propostas pela Fundação, o coordenador-geral do SINDSEMPMG, Eduardo Amorim, contextualizou o cenário de ameaças e desvalorização que já vem sendo enfrentado pelos servidores com tentativas de desmonte do funcionalismo por parte dos governantes como as propostas de reformas administrativas estadual e federal que podem aniquilar o serviço público.
Eduardo também deixou claro aos presentes que o Sindicato posiciona-se totalmente contrário a mudanças na carreira durante o período de pandemia, o que limita o debate e a participação dos servidores que serão diretamente impactados: “Como já foi dito várias vezes nos Encontros Regionais do MPMG e em linha de deliberação aprovada pela categoria em AGE, o sindicato é contra qualquer mudança de plano de carreiras em épocas de crise, pois sabemos que tais mudanças tendem a ser para pior em relação aos servidores”, ressaltou.
O secretário-geral do MPMG, Dr. João Medeiros, garantiu que o processo será participativo e buscará valorizar os servidores, incentivando seu desenvolvimento e permanência no Ministério Público. A diretora-geral do MPMG, Clarissa Duarte, também afirmou que há uma expectativa de valorização da carreira para que não haja perda de bons quadros para outros órgãos.
A administração da PGJ também pediu aos representantes da Fundação que os estudos encomendados sejam realizados de forma transparente, não só junto aos gestores como também aos servidores.
O SINDSEMPMG seguirá acompanhando atento às discussões e, conforme os rumos tomados pelos estudos da FJP, poderá convocar nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para levar o debate junto aos servidores. O Sindicato reforça seu compromisso em defender, de forma veemente, os interesses dos servidores.
Publicado em 10/09/2020 às 19:46Em tempos de pandemia, os servidores públicos encontraram meio de fazer protesto contra a reforma da previdência do governador Romeu Zema (Novo) sem promover aglomerações.
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