Presidente da CTB contesta ofensiva do governo que coloca "reforma" como condição para o país crescer. Na próxima sexta-feira, centrais farão um dia em defesa da Previdência pública
As centrais sindicais convocam para esta sexta-feira (22) uma mobilização por todo o país contra a "reforma" da Previdência, proposta pelo presidente em fevereiro. A manifestação vem como reposta à ofensiva ensaiada pelo governo federal, que já faz articulações com empresários, jornalistas, integrantes do sistema financeiro e políticos para pregar o discurso de que sem a "reforma" da Previdência, o país não cresce. "O projeto do governo é promover um desmonte da seguridade social, penalizando aqueles que mais necessitam", contesta o presidente da CTB, Adilson Araújo.
"Quando as pessoas adoecem precisam do seguro, da assistência social e da licença-maternidade, e não vão encontrar isso no Posto Ipiranga, até porque o Posto Ipiranga do povo é Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)", destaca Adilson, em referência a um dos mentores da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na análise do dirigente, acompanhada também por entidades como CUT, Força Sindical, UGT, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas, Intersindical, CGTB e NCST, a "reforma" é um retrocesso que não vai retirar o Brasil da crise financeira ao preservar os privilégios de alguns setores e ignorar a dívida de empresas privadas com a Previdência.
"A reforma joga o ônus da crise sobre a classe trabalhadora e nós teremos de dar como resposta as manifestações, a crescente mobilização para barrar toda e qualquer possibilidade de retrocesso, atraso e prejuízos que possam ser causados ao nosso povo, sobretudo, o povo pobre, humilde e que mais necessita", defende o presidente da CTB.
Manifestações em Minas
Diante da ameaça, o Brasil inteiro está se mobilizando para barrar de vez a aprovação desse projeto. O ato público em Belo Horizonte está marcado para às 14h em frente à ALMG, seguindo em passeata para a Praça Sete de Setembro, no Centro da capital.
Já para os servidores e moradores de Araxá, a mobilização começa às 10h no Calçadão da cidade. Enquanto isso, em Patos de Minas, o ato público será realizado no Coreto, às 9h.
Participe! Se não lutar, a aposentadoria vai acabar!
Fonte: Rede Brasil Atual
Publicado em 20/03/2019 às 12:37