
Procuradora-geral da República emite pareceres em série contra a reforma trabalhista
Todos eles são contrários total ou parcialmente às novas regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), em vigor desde 11 de novembro de 2017
Segundo Fernando Bezerra, senadores devem fazer a inserção em PEC paralela. Servidores de estados e municípios foram retirados da proposta durante análise na Câmara
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, afirmou no dia 16 que a Casa, certamente, aprovará regras para aposentadoria de servidores de estados e municípios, que ficaram de fora da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência.
Fernando Bezerra deu a declaração durante entrevista a jornalistas. Ele explicou que a inclusão se dará com a tramitação de uma nova PEC, que tratará exclusivamente de servidores municipais e estaduais.
“O Senado é a Casa da federação, representa os estados. Aqui, cada estado, tem três senadores e não faz sentido ter uma reforma com 27 sistemas previdenciários. Aqui no Senado, certamente, vai ser aprovada a inclusão de estados e municípios”, afirmou o líder do governo.
Sobre a reforma da Previdência votada pela Câmara em primeiro turno no início do mês, com novas regras para o regime geral e para servidores federais, Bezerra estima que o Senado aprovará o texto, em dois turnos, até o dia 20 de setembro.
Os deputados ainda precisam aprovar a reforma em segundo turno, o que deve acontecer entre os dias 6 e 8 de agosto, segundo previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Depois, o texto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Aprovado pelo colegiado, o texto, então, seguirá para análise do plenário. A proposta precisa dos votos favoráveis de, pelo menos, 49 senadores.
Segundo cálculos do líder do governo, atualmente, o Senado tem entre 54 e 60 votos a favor da reforma.
Em relação à PEC paralela, que tratará da inclusão de estados e municípios na reforma, Fernando Bezerra diz acreditar que o texto será aprovado por Senado e Câmara até o fim deste ano.
Nesta terça-feira, mais cedo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defendeu a inclusão de estados e municípios na PEC paralela.
CCJ
A presidente da CCJ do Senado, Simone Tebet, afirmou, durante entrevista na segunda-feira do dia 15, que o colegiado precisará de, pelo menos, três semanas para analisar a reforma da Previdência que será encaminhada pela Câmara.
Se o texto chegar ao Senado no dia 9 de agosto, conforme prevê o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a proposta poderá estar pronta para votação, em primeiro turno em plenário, na primeira semana de setembro.
Para Fernando Bezerra, se o debate “se esgotar” na CCJ, o plenário principal poderá “resolver” o assunto em 15 dias.
PEC paralela
Na avaliação da presidente da CCJ, em relação à PEC paralela, o Senado deve apenas aprovar um texto que facilite aos estados e municípios realizarem suas reformas.
O provável relator da Previdência no Senado, Tasso Jereissati, no entanto, defende a aprovação, pelo Congresso, de regras para os servidores estaduais e municipais.
Para Fernando Bezerra, a alternativa do tucano é a “mais viável”.
Reforma tributária
Durante a entrevista desta terça-feira, o líder do governo também falou sobre reforma tributária. Fernando Bezerra disse que o governo deve encaminhar uma proposta ao Congresso em agosto e que tem condições de “liderar” o debate sobre o assunto na Câmara e no Senado.
Câmara e Senado já discutem o tema por meio de outros projetos. “Acho que a proposta do governo vai terminar prevalecendo”, opinou Bezerra.
O líder do governo contou que nesta terça-feira Marcos Cintra, Secretário da Receita Federal, fez uma apresentação sobre o que deve ser a proposta de reforma tributária do governo.
“A proposta é boa, vai pelo lado da simplificação, do combate à evasão, cria um sistema alternativo para que estados possam ir aderindo”, disse Bezerra.
Fonte: G1
Publicado em 25/07/2019 às 14:09Todos eles são contrários total ou parcialmente às novas regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), em vigor desde 11 de novembro de 2017
O Palácio do Planalto decidiu adiar mais uma vez o envio do texto da reforma administrativa ao Congresso, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto